domingo, 30 de março de 2008

5G Terceiro Conto: Necessidade

Trilha Sonora:
Sufjan Stevens - To Be Alone With You

Ela havia convidado aquele rapaz para se encontrar com ela.
Ele já não estava nem um pouco feliz com isso. Já tinha feito isso tantas vezes que parecia já saber o 'roteiro' da tal 'conversa' que teriam.

Pra sua surpresa ela já estava lá quando ele chegou. Mesmo que ele tivesse chegado cedo. "Menos mal, começa logo e termina logo." - ele pensou apertando o passo.

Após se cumprimentarem, ato este que só faziam para não parecer que não eram mais amigos, ela finalmente disse o que pensava da situação em que havia se metido.
Ele tinha demorado para perceber o quanto a tinha magoado, e logo depois de tê-lo feito, achando que estava tudo bem, agiu como se nada estivesse acontecendo. Até ele notar que ela não falava, ou agia da mesma maneira.
Ele só percebeu, por que era próximo o bastante dela para saber que ela não era daquele jeito triste, frio e falso que estava sendo naqueles dias.
E até onde entendeu ia ficar assim pra sempre.
Ela não pôs a culpa nele, só na maneira pouco sensível de dizer as coisas.
Nem um pouco sensível.

Ela pôs a culpa em si mesma.
Por que simplesmente era mais fácil.

E isso tornou necessário na vida dela um lugar de escape.
Uma parte dentro dela que fazia as coisas do jeito que ela queria que fossem feitas, sem realizá-las de verdade.
Um conto de fadas sem bons sonhos.

E ele jamais entenderia onde foi parar aquela outra personalidade alegre.
E mesmo sentindo falta dela, não lamentava ter feito as coisas como fez.
No fim, ela foi embora, avisando que não voltaria mais, até conseguir se livrar do lado ruim dela.
O que para a infelicidade dele, nunca chegou a acontecer.

Nunca mais se viram, ela desapareceu com o tempo, junto com as cinzas deixadas para trás.
Os pedaços de si mesma que desmoronaram no caminho. Os tijolos nas paredes que havia construído.
Os vidro escuros espatifados no chão.

Ela tinha destruído toda a sua defesa, mas manteu dentro de si a insegurança e o rancor.
Que eventualmente ou a consumiriam, ou a deixariam para sempre.

Sua única necessidade era poder de uma vez por todas, ser quem era.
E quem sabe não ficar sozinha por conta disso.

-=Sarah=-

sexta-feira, 28 de março de 2008

5G Segundo Conto: Imaginação



Trilha Sonora:
The Phantom Of The Opera: Music of The Night

Ela se pegou pensando num rapaz que nunca havia antes pensado.
Bom, não daquele jeito romântico, cheio de voltar e reviravoltas inexistentes.
Seu talento em inventar histórias não a ajudava nesta.

Como poderia ela tentar beijar alguém em pensamento, se nunca o se quer havia imaginado?
Parecia errado. Mais por que não tinha nenhum sentimento por ele.
Mas o seu mundo estava tão sem cheio de paixão, que parecia quase obrigatório desejar ver um romance fantasioso, onde não existia nenhum.

Apesar de parar sempre na parte em que seus rostos se aproximam, ela meio que se sentia frustrada em não ter coragem de prosseguir.
Seria ruim imaginar tal cena?
E se fosse, como se sentiria se só sonhasse com ela?
No fim das contas... Não faria diferença, mas ela não se sentiria tão culpada.

Na parte de imaginar ambos juntos e, toda a baboseira romântica esperada, é como se fossem mais amigos do que 'namorados' pelo menos na cabeça dela. Por que ela sabia perfeitamente que ele não sentia nada por ela. E naquele momento não fazia nenhum mal, esse detalhe.

Mas e se um dia, de repente eles se encontrassem e se vissem dessa forma?
Como procederiam?
Ainda parecia errado pensar nisso.

Ela observava os lugares em que passava imaginando cenas românticas, com um vulto masculino qualquer.
Sem rosto. Com coração.
E no fim das contas, não era só isso que importava?

Andar de mãos dadas, dar abraços e beijos em alguém que se tem afeto?
Então porquê é tão difícil?
Por quê se torna tão difícil mostrar quem você realmente é? Porque, tudo o que você mostra pras pessoas, tem que ser mesmo impecável?
Ela não é o tipo de garota que usa máscaras invisíveis. Ela é justamente quem ela tem que ser, gostando meio mundo ou não.
Gostando ele ou não.

E mesmo agora, ela queria que talvez, pudesse ele gostar dela, e ela dele.
Um dia.

-=Sarah=-

terça-feira, 25 de março de 2008

Reiniciando...

Olá.
Vou postar de novo o meu último post do meu outro inexistente blog.
Lembrando aos que não sabem ou nunca se importaram em perguntar, 5G = Quinta Geração. Sendo que, cada geração tem 10 contos.
Entenderam né?
ótimo.
Abraço.

5G Primeiro Conto: Descobrindo o porquê.

Eles não eram seres que podiam entender a essência humana, tão bem quanto as próprias criaturas.
E desta vez tentaram entender, tudo que se podia conhecer observando os humanos, como eles funcionavam. Mais precisamente seus instáveis sentimentos.
O primeiro havia divagado sobre o assunto por algum tempo. E chamou seu amigo para discutir com ele. E quem sabe entender.

"Eu estive pensando... Tem humanos muito ansiosos por aí."
"Eu também reparei. Qual é o problema deles? Não sabem que tudo tem um tempo?"
"Eles não entendem. Não tem o nosso Livro. Não sabem o que vai acontecer. Sei lá, deve ser por isso."
"Por que eles anseiam por amor?"
"Por que é o combustível de suas almas. é pra isso que vivem. Pra amar e ser amados. Não é?"
"E se não forem amados? Que resultado recebem? Que acarreta tamanha falta de sorte?"
"Se não são amados sofrem. Se tornam amargos, se tornam violentos."
"Que quebra-cabeças irritante. Nunca estão plenamente contentes. é muito difícil lidar com seres tão instáveis. Não seria melhor se não tivessem sentimentos?"
"Se não o possuíssem, o mundo seria frio. A falta de afeto, a inexistência da arte, da música. Do romance. O carinho."
"Agora você parece um humano."
"Ah, cale-se. Estive observando como eles são sugestionáveis. Seria fácil por uma pitada de felicidade na vida de alguns, mas eles são muito sucetíveis a fazer o oposto. Mesmo quando a felicidade bate na porta. é meio frustrante."
"Não se apaixone por uma humana, sabe que não servimos pra eles."
"Não estou. Eu só sinto um carinho de observador, é como ver um filme, desejando que todos se tornem felizes, mas nem sempre é possível. eu já vi muitas vidas se desfazerem por palavras mal ditas, por pensamentos distorcidos, por traumas de infância. Não se pode salvar todos, sem se meter no meio."
"Sabe que não pode interferir diretamente."
"Eu sei. Mas eu ainda queria descobrir como, por quê, eles são tão infelizes! Eles tem tudo que precisam, comida, água, um lugar para morar, uma família. E acham que tudo perde o valor por que não tem um parceiro. Egoístas."
"Calma irmão. Eles tem o seu próprio caminho. Não podemos fazer mais do que realizar algumas boas ações. Nem sempre vão reagir do jeito que gostaríamos. Fazer o quê?"
"Cansei de tentar entender. Vou me manter pensando no meu trabalho. Eles serão felizes se quiserem. Só eles podem decidir se querem ser bons ou não."
" Ainda tem algo que você pode fazer. Pode pelo menos gostar deles."
"Talvez."

-=Sarah=-

domingo, 23 de março de 2008

Mil perdões!

Olá, antigos e novos visitantes, eu tive/me senti obrigada devido à infortúnios do 'destino', me livrar de meu antigo blog.
Ah, fazer o quê.
Bom, pra infelicidade de muitos, eu NÃO VOU POSTAR TUDO DE NOVO. Nem a pau.
Quem quiser ler algum conto antigo meu, faça o favor de me pedir.
E quem nunca leu, bom... só lamento.
Eu vou voltar a escrever meus contos, com todo aquele toque de trilha sonora - musica de fundo pra quem não sabe - e uma xícara de sentimentos.
Espero fazê-los chorar horrores, e se apaixonar muito, além de se assustar e sentir muito ódio.
Mas depois passa.
Eu não escrevo comédias. Não sei fazê-lo. Sorry... =P
Não prometo postar com freqüência, por que... bom, não será possível.
Mas, farei o q der da melhor maneira possível, pq eu detesto escrever por escrever.
é isso aí.
bju bju
xao.

-=Sarah=-