sexta-feira, 26 de junho de 2009

HeartBeats

Trilha Sonora:
Jozé Gonzalez - HeartBeats

O laço que os matinha unidos era bem resistente.
Resistiuas brigas, as discuções e ao sangue derramado.
As lagrimas lavadas.

Seu amor os mantinha juntos havia muito tempo. Mas o tempo venceria sua persistência, e levaria um deles consigo.
Dias como esses sempre começam iguais.
Frescos pela manhã, calorosos a tarde e lentos e frios a noite.

O vento que bagunçava os cabelos dela fazia arder seus olhos.
Ela corria sem direção alguma tentando fugir da verdade que agarrava-se aos seus pés.
As nuvens cinza escura a seguiam persistentes.
O mundo ao redor dela queria apascentar seus sentimentos.
Queria o vento arrancar o cheiro da morte da pele dela.
Queria a divina chuva lavar suas mágoas.
Queriam as árvores abraçar sua pele impregnada de sofrer.

Os pássaros viram a máscara angustiada encravada em seu rosto, e quiseram cantar tão alto que pudessem rachar aquela armadura amarga.

ela andava agora como um ser meio vivo, meio morto que perdera o sentido no existir.
Seu propósito e motivo fora arrancado dela. O pôr-do-sol mal inha acariciado seu rosto, e no silêncio do alto daquela colina solitária, ela caiu.


Seus joelhos não sentiram as pedras afiadas cortarem sua pele.
Vento gelado persistia. A ventania tornara-se mais forte. O cheiro da morte ainda estava em suas roupas.

As lágrimas começaram a rolar e o vento gelado aliou-se a impaciente chuva que lavaram ela lenta e cuidadosamente.
O banho gentil da natureza que ela admirava trouxe-lhe as lembranças daquele que perdera.

E ela permaneceu ali, sozinha sendo lavada pelo tempo que os havia vencido no fim.
Jovem como eles eram...Solitária ela se tornara na vida que formaram juntos.


Entorpecida, levantou-se para ver seus joelhos arranhados, e agarrou-se a lembrança da dor física que pouco significava perante a dor em seu coração.

Ela olhou o pôr-do-sol distante, meio apagado pela chuva torrencial que a banhava.
Acenou para o mundo, sem emoção.
E deu as costas para o sol.
A chuva e o vento a acompanhavam, derramando sua compaixão e misericórdia por seu coração terrivelmente ferido.

Ela estendeu os braços para o alto e permitiu-se ser lavada do sofrimento pelo vento, e ter suas lagrimas lavadas pela chuva.
Sentiu cada gota, o vento forte que fazia voar seus cabelos molhados em todas as direções.
Ela pensou que sentiria saudades dele como jamais sentiria de alguém.
E guardou aquele abraço Elemental dentro de si, e ficou ali até a tempestade passar.


-=Sarah=-