Trilha Sonora:
Creed - Don't Stop Dancing, Lullaby
Ele tinha parado para pensar nela fazia alguns dias, toda vez que a via sentia-se estranho. Uma sensação de calor, e medo. Não se lembrava de ter se sentido assim. E logo que percebeu onde havia se metido, se arrependeu.
‘Fui passado para trás.’ – ele percebeu, e se entristeceu.
E infelizmente para ele, era tarde de mais.
Ela tinha sido apaixonada por ele havia muito tempo. E agora estava noiva de outro homem.
E mencionou essa descoberta súbita para um amigo.
“Acho que estou apaixonado por ela.” – ele disse a observando de longe.
“Ahn? Apaixonado por quem? Você... Se apaixona?” – o amigo dele perguntou da maneira mais sarcástica possível.
“Por ela!” – ele apontou na direção dela da maneira mais sutil que pôde.
“Ah... Eu não sei se você sabe... Mas ela ta noiva. E vai casar em dois meses. Você recebeu o convite. Né?”
“Recebi. Então eu tenho dois meses pra conquistar ela.”
“Como é? Você enlouqueceu? Você não vai fazer nada!”
“O quê? Por quê?” – ele o encarou confuso.
“Ela ta com ele faz 3 anos cara! Ela nunca deixaria ele por você. Não depois de você ter dispensado ela sem uma droga de motivo que valesse a pena.”
“Mas eu amo ela! Eu quero ela!”
“Você quer é arranjar problemas.”
O amigo dele se afastou e foi em direção a garota de que falavam. Deu-lhe um abraço e se despediu, e o chamou para ir embora, mas ele insistiu em ficar. Queria observá-la por mais um tempo.
Ele faria de tudo para tê-la. Mas sabia que o seu amigo tinha razão, ele não podia.
Perdeu mesmo a sua chance.
Ele se lembrou do dia em que ela lhe contou como se sentia, e cada abraço que dava nela antes de saber o que ela sentia ele lembrava como sendo impessoal e quase obrigatório. Lamentou não ter dado valor aos poucos momentos em que pôde tê-la por perto.
Os dias que sentiu o cheiro do cabelo dela, que percebeu que não usava mais o mesmo perfume, quando comprava uma bolsa nova. Ninguém repara nisso. Ele até reparava, mas era só gentileza naquela época.
Vê-la cercada de amigos o deixava feliz, mas o anel que ela carregava no dedo partia o seu coração.
Ele queria tanto poder voltar atrás. Viveria ao lado dela por tanto tempo quanto pudesse.
Mas era muito tarde.
Pensou em dizer à ela que estava apaixonado. Mas sabia... Ou imaginava que ela o odiaria por ‘interferir’ assim.
Deixaria aquele lugar carregando consigo só a memória do perfume dela, e cada passo que dava em sua direção só para dizer um ‘até logo’, parecia que ele queria correr em direção à ela. Mas ele perdeu a sua chance. Ela já não o buscava com olhares, não mais procurava estar ao lado dele, nem conhecê-lo. Ela já não fazia parte do grupo dele.
Seu coração já tinha dono. Sua mente também.
E ele a perdeu.
-=Sarah=-
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